Sindicatos somam forças e se posicionam contra a Reforma da Previdência em audiência na Aleac

“Esclarecer as pessoas. Temos que despertar, a população está passiva”. Essa foi a preocupação da presidente do Sindicato do Fisco Estadual do Acre (Sindifisco), Leyla Alves, ao analisar o atual contexto social em relação a Reforma da Previdência. A fala foi feita durante a Audiência Pública sobre o tema na sessão da Assembleia Legislativa (Aleac) na quinta-feira, 9.

Também participaram do debate a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Urbanitários, Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect), Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Movimentos Populares do Acre e outras entidades.

Leyla Alves pontuou que a Reforma da Previdência traz prejuízos como a desconstitucionalização do direito à aposentadoria, regras de transição desproporcionais para servidores públicos, desigualdade para as mulheres, redução do valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC), confisco da remuneração de servidores ativos, inativos e pensionistas, fora outras grandes perdas.

“O papel do Sindifisco é mostrar à população o que virá de ruim com essa proposta. Faremos isso por meio de audiências públicas, seminários e outros eventos junto a sociedade para explicar também que com esse desmonte proposto temos a ideia da Reforma Tributária Legal, uma resposta a tudo isso. Vamos atuar nas prefeituras e faculdades do estado”, afirmou a presidente.

Marcelo Jucá, presidente do Sindicato dos Urbanitários, destacou que a união da sociedade civil com os movimentos sindicais, sociais e estudantis é essencial para reverter a política de retrocesso do presidente Jair Bolsonaro. Ele lembrou que a entidade luta pela volta dos direitos trabalhistas, o impedimento do corte de 30% das universidades e institutos federais e Reforma da Previdência.

“Nossa participação nesta audiência faz parte do Calendário de Maio de Lutas Contra a Reforma da Previdência. É uma série de ações em defesa dos trabalhadores e da população. Estamos tentando conscientizar as pessoas para se mobilizarem contra esses retrocessos que estão sendo impostos. Precisamos pressionar a classe política para que essa reforma não passe”, finalizou Jucá.